O empresário Tony Garcia divulgou nesta sexta-feira (14), no Twitter, uma conversa dele com os procuradores Carlos Fernando e Januário Paludo em que eles três estavam conversando sobre alguma ilegalidade na Lava Jato quando o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) era o juiz da operação nos processos de primeira instância.
“Essa gravação entre Carlos Fernando, Januário Paludo e eu, é PROVA inequívoca de que, eu, réu, era agente infiltrado e cumpria missões determinadas por @SF_Moro e Força Tarefa em gravar pessoas para fazerem prisões ou chantagem para obter acordo de colaboração!!”, escreveu o empresário no Twitter.
Garcia para Paludo: Ouça a fita inteira. Eu falei que eu trago ele em algum lugar
Carlos Fernando: E eu ouvi a fita inteira. E a que você vai conseguir também
Paludo: o acordo de Deus e o mundo, né?
Garcia: que acordo?
Paludo: Com o rapaz, o rapaz não fez nada
Garcia: não, ele não fez nada
Fernando: então, ele só quer aparecer
Garcia: ele me contou o seguinte, quer ferrar o Nego com uma ação trabalhista
ATENÇÃO! Essa GRAVAÇÃO👇entre Carlos Fernando, Januário Paludo e eu, é PROVA INEQUÍVOCA de que, eu, RÉU, era AGENTE INFILTRADO e cumpria missões determinadas por @SF_Moro e Força Tarefa em gravar pessoas para fazerem prisões ou chantagem para obter acordo de colaboração!! pic.twitter.com/v0BaxMxDzF
— Tony Garcia (@tonygarciareal) July 14, 2023
O empresário denunciou algumas ilegalidades de Moro. Durante entrevista ao 247 de 2 de junho, Garcia afirmou ter sido instruído na Lava Jato a dar uma entrevista à Veja e fornecer à revista informações que pudessem comprometer a carreira do ex-ministro José Dirceu (PT).
O delator afirmou que, a mando de Moro, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia afirmou que Moro transformou “Curitiba na Guantánamo brasileira”. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli iniciou investigação sobre as denúncias contra o parlamentar enquanto juiz da Lava Jato.
*Com 247