Lira contesta plano de Lula de rever privatização imoral da Eletrobras

Lira contesta plano de Lula de rever privatização imoral da Eletrobras

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), colocou o pé no freio diante da tentativa de governo Lula de contestar aspectos da privatização criminosa da Eletrobrás, executada pelo governo ultraneoliberal de Jair Bolsonaro.

Na semana passada, o presidente Lula e a Advocacia-Geral da União foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) buscar reverter o ônus gerado à União pela venda da companhia de energia. Eles apontam que, apesar de possuir cerca de 43% das ações, a União tem apenas 10% do poder de voto na empresa. Além disso, a desestatização da Eletrobrás entregou ações abaixo do valor de mercado e impôs barreiras para o Estado comprá-las de volta.

Falando à CNN Brasil, Lira disse estar “preocupado” com a revisão da privatização da Eletrobrás defendida pelo presidente Lula. Ele falou em nome do “Brasil”, mas citou interesses de investidores estrangeiros…

“Você pode não propor mais nenhuma privatização, mas mudar um quadro que já está jogado e definido, e com muitos grupos, muitos países investindo, realmente causa ao Brasil uma preocupação muito forte”, disse Lira.

“A votação da privatização, ou da capitalização da Eletrobrás, foi uma matéria muito debatida no Congresso. A Eletrobrás não tinha capital suficiente para investimentos, prestava serviços de péssima qualidade”, acrescentou o parlamentar. “Vamos, então, acompanhar, ver qual será a real intenção em discutir isso no âmbito do Judiciário. Mas penso que, no âmbito do Legislativo, esse assunto foi bem discutido e transformado em uma capitalização que está dando sucesso”, finalizou.

A ação no STF vem após o presidente Lula declarar, em entrevista à TV 247, que “o governo vai voltar a ser dono da Eletrobrás” e que a privatização foi “um crime de lesa-pátria”.

“Não vai ficar por isso. Estamos entrando na justiça contra a votação do peso do governo na direção da empresa e o preço pelo qual foi vendida”, afirmou Lula.

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