Garimpeiros começam a deixar terra Yanomami, em Roraima

Garimpeiros começam a deixar terra Yanomami, em Roraima

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A região e os Yanomami que lá habitam vêm sendo afetados pela atividade ilegal dos garimpeiros. Dezenas de indígenas já morreram.

Vídeos que circulam na internet, mostram pessoas se retirando das terras indígenas dos povos Yanomami, em Roraima. A região e os indígenas que lá habitam vêm sendo afetados pela atividade ilegal de garimpo. Dezenas adultos, crianças e idosos indígenas já morreram e outros estão hospitalizados.

No sábado (4/2), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, disse que o governo federal recebeu informações de que um fluxo grande de garimpeiros está deixando espontaneamente a terra indígena Yanomami. Ela também garantiou que havia pelo menos 20 mil garimpeiros instalados na região.

“Temos informações que garimpeiros já estão saindo. É bom que saiam, é bom que reduz nosso trabalho. São 20 mil garimpeiros para serem retirados”, declarou a ministra. “Se eles saem sem precisar da força policial, é melhor para todo mundo.”

Quando começou

Durante a coletiva, concedida em Boa Vista, a ministra disse ainda afirmou que a informação do movimento dos garimpeiros veio de serviços de inteligência do governo, servidores que estão na região, por sobrevoos de equipes do Distrito Sanitário Especial Indígena e por integrantes de associações de indígenas.

Segundo Guajajara, a saída dos garimpeiros começou no dia 30 de janeiro, dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou o bloqueio dos tráfegos aéreo e fluvial de garimpo ilegal na região.

Em nota, o Palácio do Planalto disse, na ocasião, que corte no tráfego tinha o objetivo de “impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público à região buscando não apenas impedir atividades ilegais, mas também a disseminação de doenças”.

“As iniciativas visam combater, o mais rápido possível, o garimpo ilegal e outras atividades criminosas na região impedindo o transporte aéreo e fluvial que abastece os grupos criminosos”, informou o governo.

*Com Metrópoles

 

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