Lula mal tomou posse neste 1 de janeiro de 2023 e a campanha contra o governo já se alastrou para além da criminosa Jovem Pan. William Waack, que já fora denunciado pelo Wikileaks em 2011 como um informante da CIA no Brasil e também acusado por falas racistas quando ainda atuava na Rede Globo de Televisão, já começou em seu próprio programa na CNN Brasil chamado de “WW” uma campanha de desqualificação não só do discurso de Lula como também o viés que o governo quer tomar para o país, ou seja, o desenvolvimentismo.
Não só Waack como outros comentaristas tiveram a coragem de criticar de forma explícita e ao vivo o caráter desenvolvimentista do governo Lula, ou seja, uma pregação odiosa contra uma política que tende a beneficiar não só o Brasil enquanto Estado como também a maioria esmagadora da população que verá nesta prática o verdadeiro cumprimento da Constituição Federal de 88 que delimita investimentos relevantes no setor público. Ao se posicionarem contrários ao discurso de Lula alegam, cinicamente, que o rumo do governo levará ao “colapso” das contas públicas, uma grande fake news daqueles que se diziam até pouco tempo atrás “combatentes da desinformação”. Pois de “informação” Waack entende bem, se é que me entende. Waack já demonstra disposição e o veneno da sua atividade junto à CNN Brasil. Por outro lado não poderíamos esperar nada de diferente do conglomerado de mídia do magnata norte-americano Ted Turner cuja defesa dos interesses norte-americanos se opõe aos dos países emergentes. Enfraquecer economicamente países estratégicos e importantes como o Brasil (membro dos BRICS) é uma missão dos EUA desde a reativação da quarta frota do Atlântico.
A edição de 1 de Janeiro do “WW” é a inauguração oficial de que a campanha contra Lula irá além da empresa Jovem Pan que é declaradamente anti-Lula e anti-povo. E o motivo desta nova campanha vai muito além de apenas “preocupação” com contas públicas. Em primeiro lugar, uma política desenvolvimentista não é uma política meramente de gastos e emissão de dívida, o desenvolvimentismo é uma política econômica Keynesiana que reequilibra as contas com crescimento econômico real na ampliação de Produto Interno Bruto do país e também do PIB per capita que, por sua vez, amplia o poder de compra da população brasileira e ativa um ciclo de crescimento contínuo do país. Mas não nos enganemos, criar as condições do crescimento e consequentemente do aumento da soberania nacional não tem nem minimamente o amparo e o apoio de países centrais do sistema Capitalista que desejam desafogar suas crises nos países periféricos e sufocar concorrentes, enfraquecendo-os e tornando-os reféns do sistema financeiro internacional.
Mas esta análise jamais será feita no “WW” porque figuras como William Waak possuem compromissos declaradamente anti-Brasil. E para espanto de todos nós, estes compromissos anti-Brasil são declarados de forma espantosa ao vivo e em rede nacional. A cara de pau é tamanha que acreditam (e infelizmente nisso têm razão) que a maioria esmagadora da população não irá entender absolutamente nada do que é dito no ar. Fazer esse tipo de pregação criminosa na frente de uma população inocente e ingênua é, no mínimo, um espetáculo de imoralidade. Ao invés de criticar políticas públicas de desenvolvimento do Brasil por que Waack não explica à população brasileira as acusações que surgiram há anos atrás de envolvimento com o serviço de informação dos EUA?