Imprensa tenta criar pânico na posse de Lula para esvaziá-la mas não irá conseguir

Imprensa tenta criar pânico na posse de Lula para esvaziá-la mas não irá conseguir

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Em que pese o fato dos militantes bolsonaristas serem uma minoria perigosa e sectária, isso não deve ser encarado como um obstáculo intransponível para a cerimônia de posse de Lula. É esse o efeito psicológico que a grande imprensa deseja criar. É verdade que desde o anúncio dos resultados do pleito eleitoral de 2022 os bolsonaristas (patrocinados ou não) criaram um verdadeiro caos em várias cidades brasileiras mas há um nítido interesse da grande imprensa monopolista em transformar a posse de Lula num ato burocrático e esvaziado pelo medo. Essa tática é conhecida e amplamente utilizada em diversos contextos históricos, esvaziar e intimidar pelo medo, seja uma intimidação direta ou terceirizada.

O motivo de se criar este esvaziamento vai muito além de mera preocupação com militantes do PT ou com o próprio presidente Lula. Pelo contrário, não tardou para que Luís Inácio Lula da Silva anunciasse medidas que contrariassem diversos setores da Direita Neoliberal e a agenda anti-PT ressurgiu em tempo recorde na mídia de massas. A Direita Neoliberal que apoiou o PT a contragosto ao achar que este iria manter a cartilha da Avenida Faria Lima está desgostosa com a crescente realidade de que Lula não está disposto a ceder para o grande Capital em troca de governabilidade.

O governo Lula número 3 não é um governo de ruptura com a ordem mas tampouco um governo disposto a ceder para os grandes capitalistas e seus lacaios oligárquicos locais. Todos os indícios levam a crer que de todas as “versões” de Lula, esta seja sem sombra de dúvidas a mais madura e esclarecida delas no que se refere ao que se está verdadeiramente em jogo no Brasil.

Lula sabe como nunca antes na História do Brasil que inúmeros direitos do Mundo do trabalho estão ameaçados bem como a soberania nacional e as empresas estatais brasileiras ainda preservadas, candidatas fortes a indutoras do crescimento estrutural brasileiro. Lula é plenamente consciente disso e não poderia ser diferente. Além de um líder histórico do Brasil, Lula foi vítima de uma das maiores perseguições políticas do qual o Brasil foi testemunha em vários veículos de comunicação (rádio, TV, internet, jornais e etc). Ninguém passa 580 dias preso injustamente sem um amadurecimento espiritual e político. Leve, altivo e consciente do seu papel histórico no Brasil, Lula não abaixou a cabeça às pressões que já surgiram no período de transição e aponta que não será sensível a outras pressões que eventualmente surgirão.

Desta forma, a pancadaria contra Lula na grande imprensa já foi reestabelecida antes mesmo de sua posse intercalada por polêmicas pontuais relacionadas ao governo Bolsonaro. A mais nova estratégia da imprensa (sobretudo após a vitória de Lula no Congresso com a PEC que põe fim ao teto de gastos chamada pela imprensa de “PEC do estouro” para desqualificá-la) é a de reforçar a ideia de que Lula foi eleito no limite do aceitável e que isso produz uma renovação da polarização política no país. A polarização sempre foi combatida pela Direita Neoliberal que quer um país pacífico e calmo para manter sua lógica de dominação porém, agora que Lula foi eleito para o seu terceiro mandato é possível que a imprensa aposte novamente na polarização como medida de chantagem.

Cabe ao povo brasileiro não se deixar enganar. A posse de Lula deve ser triunfal e uma mensagem clara à Direita Neoliberal – não haverá entrega do país de bandeja ao parasitismo financeiro internacional e se esta estiver disposta a combater o governo que assuma de vez o seu Bolsonarismo enrustido. A imprensa sempre esteve ao lado de Bolsonaro e só desembarcou quando a coisa ficou insustentável do ponto de vista político, por isso não devemos nos enganar. Mas as coisas deverão mudar muito rapidamente e o povo brasileiro deve estar preparado para novas ondas de provocações e tentativas de Golpe de Estado. Criar um clima de medo na posse de Lula já é o capítulo número 1 desta política. Não passarão!

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