Lula chega ao Egito onde fará pronunciamentos importantes sobre política ambiental de seu governo

Lula chega ao Egito onde fará pronunciamentos importantes sobre política ambiental de seu governo

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está no Egito, onde participa da COP27.

Segundo a Folha, com a chegada do presidente eleito Lula (PT) a Sharm el-Sheikh, no Egito, na noite desta segunda-feira (14; madrugada de terça-feira, 15, pelo horário local) crescem as expectativas do que ele apresentará na COP27 (conferência da ONU sobre mudanças climáticas) como parte do futuro do novo governo.

A comitiva de Lula pousou em Sharm el-Sheikh, a bordo de um avião do empresário José Seripieri Junior, fundador da Qualicorp e dono da Qsaúde, nesta madrugada no balneário egípcio. A chegada foi confirmada à Folha por assessor de Lula que integra o grupo.

Segundo o site FlightRadar24, que rastreia voos, o pouso ocorreu às 19h12, pelo horário de Brasília (0h12 na hora local).

Além do compromisso já firmado por Lula durante a campanha eleitoral de zerar o desmatamento na Amazônia —anúncio que possivelmente será repetido no palco internacional—, as organizações socioambientais do Brasil e de fora esperam e também sugerem novos compromissos que o presidente eleito poderia trazer à COP.

Como o governo ainda está se desenhando, parte dos ambientalistas que aguardam a chegada de Lula na COP não aposta que o presidente eleito traga definições sobre o novo governo, mas acenos menores à agenda.

Entre os anúncios que poderiam ser feitos com maior facilidade, sem comprometer a construção do governo, está a possibilidade de Lula comunicar, em discurso previsto na agenda oficial da conferência, que pretende levar a COP para o Brasil em 2025.

A presidência da COP do Clima tem rotatividade regional e volta a ser de um país latino-americano em 2025. A conferência teria acontecido no Brasil em 2019, mas foi cancelada por Bolsonaro ainda em 2018, logo após sua eleição.

Parte das organizações brasileiras também espera ouvir de Lula um compromisso de corrigir a meta climática brasileira no Acordo de Paris, que sofreu uma “pedalada climática” durante o governo Bolsonaro, com uma atualização que, na prática, reduz o compromisso com o clima.

O novo presidente chega à COP em uma posição política confortável, com sua eleição já indicando, para o Brasil e o mundo, uma retomada do compromisso ambiental do país após o desmonte de políticas ambientais promovido por Bolsonaro.

Também por conta desse cenário, avaliações dão conta de que a passagem de Lula pela COP não depende de novos anúncios para ser significativa.

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