Prefeitos fazem revelação sobre o esquema de propina no MEC

Prefeitos fazem revelação sobre o esquema de propina no MEC

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O prefeito da cidade de Boa Esperança do Sul, José Manoel de Souza, localizada em São Paulo, revelou que há mais um envolvido no caso do esquema de propinas do MEC. Nely Carneiro da Veiga Jardim participava de reuniões com o ministro Milton Ribeiro, e apesar de não ser funcionária da pasta, os relatos apontam que ela falava em nome do ministério.

José de Souza disse à Globo que esteve presente em uma reunião de prefeitos com Milton Ribeiro, no mês de março de 2021. Ele disse ainda que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura convidaram mandatários municipais para almoçar e Nely estava presente no local. Ainda segundo ele, o pastor havia pedido em um restaurante de Brasília cerca de R$ 40 mil em troca de recursos da pasta.

Ele conta que “Desde a primeira reunião que eu fui no Ministério da Educação, e na segunda reunião, estavam os dois, tanto o Arilton quanto o Gilmar. E também junto, nesse restaurante, que conversava, articulava com alguns prefeitos, estava a Nely, que estava junto com ele. Quando eu estava conversando com ele na mesa, ele falou: ‘Se você quiser, eu já chamo a Nely. Ela já faz o ofício e hoje mesmo eu libero para você a escola profissionalizante’”.

Nely atuava com o MEC facilitando recursos em troca de apoio político

Nely aparece no MEC, em pelo menos duas agendas, como representante da Igreja Cristo para Todos, embora ocupasse um cargo na liderança do MDB na Câmara. Tanto ela quanto o pastor Arilton foram apontados por terem fácil acesso à bancada evangélica para resolver questões relacionadas à liberação de recursos.

Um outro prefeito, de Goiás, que pediu para não ser identificado, disse à emissora que Nely já havia entrado em contato com ele. “’Olha, prefeito. Eu vou direto com você. Papo reto. Eu tenho recurso para liberar o seu pedido lá da escola, de R$ 7 milhões, mas eu preciso de R$ 15 mil hoje na minha mão. Isso porque você está com o pastor Gilmar, para apresentar para o pastor Gilmar. Para os outros, eu cobrei mais caro’. Aquilo me deixou em uma situação muito constrangedora.”

*Por DCM

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