PANDEMIA: Ministério da Saúde confirma cinco casos da Ômicron no Brasil

PANDEMIA: Ministério da Saúde confirma cinco casos da Ômicron no Brasil

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O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (02/12) cinco casos da variante Ômicron no Brasil – três em São Paulo e dois no Distrito Federal. São quatro homens e uma mulher, todos vacinados contra a covid-19. Eles estão isolados e pelo menos um apresenta sintomas leves. A maioria está assintomática.

De acordo com a pasta, há ainda oito casos da variante em investigação no país, sendo um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e seis no Distrito Federal.

“Hoje, temos uma situação sanitária bem mais equilibrada, mas lidamos com a imprevisibilidade biológica desse vírus, que sofre mutações. A vigilância em saúde está atenta e atuante pra que essas variantes sejam identificadas e pra que se avalie o potencial dessa variante complicar o cenário pandêmico”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

São Paulo cancela a festa de réveillon

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), informou nesta quinta-feira que a tradicional festa de réveillon realizada na Avenida Paulista será cancelada. “O que pesou muito foi a questão da nova variante Ômicron”, disse. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa em Nova York.

A cidade de São Paulo decidiu também pela continuidade da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambiente aberto. Segundo o prefeito, um estudo realizado pela Vigilância Sanitária municipal analisou os efeitos da chegada da nova variante na cidade e estabeleceu que o momento atual é de cautela.

O governo do estado de São Paulo optou pela mesma decisão em relação às máscaras.

Com relação ao carnaval, o prefeito disse que haverá tempo para a melhor tomada de decisão.

Brasil segue tendência estável de transmissão da covid-19

O país segue em uma tendência estável nos principais indicadores de transmissão da covid-19, segundo o Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje.

A publicação semanal mostra que no período de 21 a 27 de novembro, correspondente à Semana Epidemiológica 47, houve uma média diária de 9,2 mil casos confirmados e 230 mortes por covid-19. Esses valores representam um pequeno aumento do número de casos registrados (1,6% ao dia) e de óbitos (2,4% ao dia) em relação à semana anterior, de 14 a 20 de novembro.

O estudo também informa que a taxa de ocupação de leitos de UTI pela doença no Sistema Único de Saúde (SUS) segue em queda ou em estabilidade em quase todo o país. Os dados foram coletados no dia 29 e são apenas para internações de pacientes adultos. Apenas Rondônia, Pará e o Distrito Federal não fazem parte desse grupo.

O boletim ressalta que os resultados acontecem por conta da campanha de vacinação da população brasileira.

Sindicato dos Hospitais de SP é contra aglomerações no réveillon

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) se posicionou hoje contrário a aglomerações nas festas de virada de ano, tema que vem sendo debatido pelas prefeituras a partir do surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus. O médico e presidente do sindicato, Francisco Balestrin, defendeu que a chegada do novo ano seja comemorado apenas em família.

Com a preocupação em razão da Ômicron, a orientação do SindHosp às unidades de saúde é para que redobrem a atenção nas consultas com pacientes suspeitos [da doença], especialmente entre os que estiveram no exterior. As informações devem ser comunicadas às autoridades sanitárias.

Desmobilização

Segundo o sindicato, o aparato nos hospitais particulares para o atendimento de pacientes com covid-19 foi desmobilizado, já que apenas 14,71% dos leitos clínicos estavam ocupados em novembro. A ocupação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) teve índice de 20,5%.

Um conjunto de 20 pesquisas feitas pelo SindHosp durante a pandemia apontou os principais problemas enfrentados no combate ao novo coronavírus, como a falta de médicos (78% dos hospitais indicaram essa questão nas pesquisas de março e abril de 2021); aumentos abusivos de preços de equipamento de proteção individual (61% das instituições fizeram a reclamação em fevereiro de 2021) e dificuldade de reposição de estoques de materiais e medicamentos (reclamada por 58% dos hospitais). Em praticamente todas as pesquisas, 81% das entidades destacaram a falta de profissionais de saúde.

*Por Esmael Morais

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