O Sheik E. Bolsonaro da República das bananinhas

O Sheik E. Bolsonaro da República das bananinhas

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Nada representa melhor a tragédia cultural, social e ética do que um dos representantes do califado das rachadinhas, Eduardo Bolsonaro, posando com  fantasia de sheik em Dubai.

Na verdade, essa imagem diz muito sobre o clã e seus súditos, mas também diz muito sobre os patrocinadores da chegada do califado de milicianos ao poder.

Eduardo Bolsonaro, que pertence a uma dinastia que vende valores conservadores, na prática, não passa de um membro da maior quadrilha que surrupia o bem público há muitas décadas.

Tudo isso não deixa de ser uma zombaria com a cara da população e com a própria institucionalidade que se mantém em silêncio diante do que esse califado oferece ao país como representação máxima de poder da República.

A lentidão com que as investigações acontecem contra todos os malfeitos dessa gente, é uma desmoralização inapelável das instituições de controle no país em que as leis são relativizadas e os poderes político e financeiro, juntos, determinam, na realidade, o que é ou não ilegal.

Isso está tão escancarado, que Bolsonaro nem se estressa mais com os escândalos do seu clã estampados nas primeiras páginas dos jornais e nos mais importantes telejornais do país.

Parece que a família está governando uma terra sem lei que enfrenta a justiça somente quando ataca o judiciário e não as leis.

Tudo o que já se sabe dessa gente, fosse em um país minimamente sério, já estariam todos há muito tempo na cadeia. Mas a maneira debochada com que Eduardo Bolsonaro espalhou sua imagem ao lado da filha e da esposa, fantasiado de sheik jeca, é uma desmoralização generalizada do Brasil como nação civilizada.

O escárnio se torna mais grave, justamente porque acontece no momento em que a CPI está para concluir seu relatório sobre os inúmeros crimes cometidos pelo clã, que vão de corrupção generalizada na compra de vacinas ao resultado da pandemia que tem até o momento, mais de 600 mil mortes, mesmo com escancarada subnotificação, além de um número inimaginável de pessoas que sofrem com as sequelas deixadas pela covid.

É ter muita certeza da impunidade.

 

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