O 7 de setembro não apagará os crimes dos Bolsonaro

O 7 de setembro não apagará os crimes dos Bolsonaro

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Tudo caminhava bem para Bolsonaro até que Lula voltou a ser elegível. A partir desse momento, Bolsonaro começou a ver o mundo de cabeça para baixo e seus planos de ter uma a uma das instituições do país sob seu domínio, escaparam das mãos em fração de segundos.

De lá para cá, a coisa só tem piorado para Bolsonaro em termos eleitorais. Muito em consequência da total falta de governabilidade, culpa exclusivamente sua, seja por descaso ou por incompetência, não importa.

O fato é que Bolsonaro hoje só ostenta pouco mais de 20% de aprovação da sociedade. Seu governo é trágico em todas as áreas, com destaque para a ambiental, a econômica e, sobretudo a Saúde, que também por sua responsabilidade, já morreram quase 600 mil pessoas por covid.

Bolsonaro perdeu uma parte considerável de apoio dos pesos pesados do capital nacional, de banqueiros e de parte consistente do grande empresariado que sabe que não há a mínima chance do Brasil não ser arrastado para uma crise econômica sem precedentes.

Mas a preocupação de Bolsonaro sempre foi única, antes mesmo de assumir o comando do país, quando surge o primeiro escândalo que envolveu Queiroz e a sua atual mulher, Michelle Bolsonaro, através do Coaf que ele acabou extinguindo.

Mas essa prática de peculato envolvendo uma legião de laranjas e fantasmas, misturando sua família com famílias de milicianos no esquema que tem como auxiliares ativos os três filhos políticos, sem falar da necessidade de ostentar os frutos dos ganhos ilícitos comprando mansões em plena área nobre de Brasília, só fez com que a situação do clã ganhasse dimensão ainda mais dramática.

Por isso essa manifestação do dia 07 de setembro não tem nada de política, mas sim de criminal. E Bolsonaro só vê uma saída, dar um golpe de Estado, ser um ditador totalitário, inclusive não se submetendo a qualquer junta militar, como ocorria na ditadura para ter todo o sistema de justiça nas mãos e, assim, livrar-se da cadeia junto com os filhos. O resto é conversa mole.

Na verdade, como sempre frequentou a escória do baixo clero e fez dos rachadões o grande negócio da família, possivelmente Bolsonaro passaria batido, assim como os filhos pela própria insignificância política que sempre tiveram.

Mas quando saiu desse esgoto para se expor ao sol do meio dia em função do cargo que ocupa como principal mandatário do país, antes mesmo de vestir a faixa, o escândalo veio à tona e nunca mais parou de produzir novos fatos e, consequentemente novos escândalos, como o do ex-assessor do clã, Marcelo Luiz que, ao que tudo indica, ainda tem muitas cartas na manga por um longo e íntimo convívio com a família e, por isso, o silêncio até na respiração de todos do clã com suas graves denúncias.

Soma-se a isso o mar de lama dentro do ministério da Saúde que a CPI está descortinando para se concluir que tudo não passa de uma tentativa tosca de Bolsonaro de se manter no poder a qualquer custo para que polícia, Ministério Público e todo o judiciário se submeta aos seus interesses e desapareça, como num passe de mágica, com todo o histórico de banditismo que envolve essa família há mais de 30 anos.

Mas tudo isso que sonha Bolsonaro é impossível de se realizar, ainda mais em tempos de revolução informacional em que as notícias correm como um corisco nas redes sociais em fração de segundos.

 

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