Aceleração e paralisação da vacinação acertaram em cheio Bolsonaro, por falta de doses.

Aceleração e paralisação da vacinação acertaram em cheio Bolsonaro, por falta de doses.

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Quando o primeiro estado resolveu acelerar a vacinação, foi o primeiro ato de transferência direta de responsabilidade legítima do real culpado do desastre do PNI (Plano Nacional de Vacinação) do Brasil.

Flávio Dino, governador do Maranhão, inteligentemente, decidiu correr com a vacinação, em resposta às tentativas de responsabilizar os estados pelo genocídio da pandemia. Sem perda de tempo, o governador de São Paulo, João Dória, desafeto declarado de Bolsonaro, seguiu os mesmos passos e no mesmo caminho, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, trilhou os frutos políticos da priorização das vacinas.

O resultado está aí, com o atraso na iniciação e na compra das vacinas, com negociações desastradas e com fortes indícios de corrupção sucupirana, a falta de vacinas foi inevitável. Por isso, oito capitais paralisaram hoje (26) a vacinação da primeira e segunda doses. Note a lista, como tem relação direta com a transferência de responsabilidade:

  • Belém (PA)
  • Campo Grande (MT)
  • Florianópolis (SC)
  • João Pessoa (PB)
  • Maceió (AL)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • Vitória (ES)

Rio de Janeiro e Belém, são o resultado direto da reação de prefeitos e governadores. São Paulo não consta na lista da paralisação total, mas, já não conta com vacinação de primeira dose, tendo apenas a vacinação para a segunda dose.

Há outros problemas, como apenas doses de AstraZeneca para a segunda dose e falta da Coronavac, inclusive para segunda dose, que enfrenta problemas diplomáticos com a China.

Agora, Bolsonaro fica sozinho na “linha de impedimento” feita pelos governadores e prefeitos. A lógica é simples, Bolsonaro tenta se defender afirmando que já adquiriu doses suficientes para vacinar toda a população brasileira com as duas doses e que a vacinação ocorrem graças a ele. Com a falta de vacinas, o único responsável é o próprio Bolsonaro.

Ou seja, era melhor ficar calado, ou ter pedido desculpas pelas mortes e tentar corrigir. Tarde demais.

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