CPI: Senadores bolsonaristas usam Stênio Garcia para dizer que a vacina não funciona

CPI: Senadores bolsonaristas usam Stênio Garcia para dizer que a vacina não funciona

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Um dos aspectos mais perversos e intelectualmente perversos e cretinos, da defesa de Bolsonaro na CPI da Covid, é o ataque à vacina e a defesa da cloroquina levada a frente por senadores governistas.

Hoje, com a presença do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, esse comportamento passou de todos os limites. Tais senadores chegaram a usar o ator global Stênio Garcia, que foi testado positivo para Covid-19, mesmo após ter sido imunizado em duas doses. Lembrando que a morte do compositor sambista Nelson Sargento também foi instrumentalizada.

CONHEÇA O CASO

No dia 9 de abril, a mulher de Stênio, Marilene Saade, disse em seu Instagram que o marido havia testado positivo para o novo coronavírus. Mesmo que ele não tenha apresentado sintomas graves, Saade disse que o casal se preocupou, uma vez que ele já havia tomado as duas doses da Coronavac em 9 de fevereiro e 9 de março.

Ela fez várias postagens no Instagram nas quais relatava exames feitos por Stênio Garcia e o progresso do seu quadro clínico, que se manteve sem sintomas. Em 15 de abril, Marilene explicou que o ator provavelmente se contaminou em 13 de março, apenas quatro dias após tomar a segunda dose da vacina, quando foi visitado por uma pessoa que estava contaminada de forma assintomática e não sabia.

“Como pode ter tomado as duas doses e não ter anticorpos? É a pergunta que está nos deixando muito preocupados”, havia escrito Saade na rede social. Dias depois ela recuou, e disse que novos exames mostraram que o ator havia gerado anticorpos. Como disse o médico de Stênio, foram esses anticorpos que evitaram que seu quadro se agravasse. “A vacina protege (contra) casos graves e moderados. Stênio não teve nem sintomas leves, já que espirros são mais questões alérgicas. Enfim, todos têm que se cuidar até que todo o mundo esteja imunizado”, disse Saade em 14 de abril.

Os especialistas alertam que é preciso receber as duas doses da vacina para que se tenha a proteção encontrada nos estudos clínicos. Além disso, deve-se aguardar um período de cerca de 20 dias após tomar o reforço do imunizante para que haja tempo do corpo ter a resposta imunológica.

Era esperado que Stênio pudesse se contaminar apenas quatro dias após a segunda dose.

Mesmo assim, esse discurso apareceu na CPI da Covid tentando colocar a vacinação em dúvida.

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