300 mil mortos. O projeto dos Bolsonaro e da Lava Jato deu certo

300 mil mortos. O projeto dos Bolsonaro e da Lava Jato deu certo

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Pouca gente comenta dois fatos importantes para entender como o Brasil chegou a essa tragédia, além de Moro prender Lula para Bolsonaro ser presidente e ele ser ministro para dar início a sua carreira política rumo à presidência.

Na verdade, Bolsonaro colocou em prática aquilo que ele falou logo no início da pandemia no Brasil quando Moro ainda era ministro do seu governo. O projeto era simples: todos os brasileiros se contaminam, morra quem tiver que morrer, não se gasta um centavo com saúde pública, sobretudo com vacina, e voltamos logo à normalidade econômica.

Por isso nunca se viu Bolsonaro mencionar sequer a higiene das mãos com álcool ou sabão, ele simplesmente não falava absolutamente nada. Sua campanha foi pelo não uso de máscaras e mais do que ser contra o isolamento social, ele estimulou a aglomeração e a contaminação, como acusou um estudo feito pela USP, mostrando que esse era o projeto de Bolsonaro e seus generais.

Não foi por acaso que ele tirou dois médicos da pasta da Saúde para colocar o general da ativa, Eduardo Pazuello, que vem cumprindo um papel criminoso que está lhe custando cada vez mais explicações ao judiciário.

Bolsonaro, ao contrário de se importar com a morte de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, ele comemora. Primeiro porque disse que quem morre de covid é maricas. Segundo, porque certamente isso significa que, como ele sonhava, houve uma grande disseminação do vírus que hoje se encontra em total descontrole no Brasil como um todo.

Se faltarão leitos, tanto de enfermarias quanto de UTIs, oxigênio, profissionais da saúde, para ele, pouco importa e, por isso, nunca mostrou compaixão com qualquer vítima da covid, “fazer o quê, a vida é assim mesmo, todos vão morrer”.

Dá para imaginar a formação que um sujeito desse teve dentro das escolas militares e que tipo de professor lhe deu essa formação, pior, pagos com dinheiro da sociedade para jogar um monstro no colo da própria. Monstro esse que não é considerado genocida contagioso somente no Brasil, mas no planeta.

Lógico que muito da tragédia porque passamos, será refletido pela sociedade quando tudo isso passar. Como esse sujeito passou pelas Forças Armadas, mergulhou de cabeça na milícia, virou deputado na base da troca de favores corporativos com militares e chegou à presidência da República para dizimar mais de 300 mil brasileiros a partir de um complô jurídico, midiático e militar, depois de golpes de Estado, tendo como centro da operação os mesmos agentes para beneficiar a mesma classe dominante.

Seja como for, do ponto de vista sanitário, o objetivo que carregava o lema “exterminar o povo para voltar a trabalhar”, a parte do extermínio deu 100% certo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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