Exército tenta intimidar a Revista Época por crítica a Pazuello e ao Exército.

Exército tenta intimidar a Revista Época por crítica a Pazuello e ao Exército.

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Em artigo certeiro, o jornalista Luiz Fernando Vianna, da Revista Época, entregou ao leitor uma síntese perfeita dos piores aspectos do Exército Brasileiro, associando-os ao desastre das políticas nacionais de Saúde, do governo Bolsonaro e na terrível gestão de Eduardo Pazuello.

Vianna fez a ligação entre a negação de um golpe de estado, em 1964 e a continuidade do discurso de revolução, que levou o Exército a sempre se opor à comissão da verdade. Assim, fazendo a ligação entre a estupidez e o desprezo pelos direitos humanos, chega-se ao estado de coisas que se vê hoje, na pandemia.

De forma sintética, o jornalista fez o exército chegar a Pazuello e ligou suas atitudes à estupidez do ideário das Forças Armadas, do passado e presente ainda hoje. Com isso, observou os comportamentos totalitários e ditatoriais são um padrão que se apresenta na péssima gestão de Pazuello e resulta na estupidez Bolsonarista.

A matéria foi tão certeira que o Exército se mordeu e publicou uma nota agressiva e intimidadora destinada, não ao jornalista, mas, à editora chefe da revista.

“Incumbiu-me o Senhor Comandante do Exército Brasileiro de expressar indignação e o mais veemente repúdio ao texto de autoria de Luiz Fernando Vianna, publicado nesse veículo de imprensa em 17 de janeiro de 2021. A argumentação apresentada pelo articulista revela ignorância histórica e irresponsabilidade, não compatíveis com o exercício da atividade jornalística. Atribuir a morte de brasileiros a uma Instituição de Estado, cuja história se confunde com a da própria Nação, nas lutas pela manutenção de sua integridade, caracteriza comportamento leviano e possivelmente criminoso”, diz o primeiro trecho.

“Afirmações dessa natureza, motivadas por sentimento de ódio e pelo desprezo pelos fatos, além de temerárias, atentam contra a própria liberdade de imprensa, um dos esteios da democracia, pela qual o Exército combateu nos campos de batalha da II Guerra Mundial e por cuja preservação tem se notabilizado em missões de paz em todos os continentes”, acrescentou.

“Por fim, o Exército Brasileiro exige imediata e explícita retratação dessa publicação, de modo a que a Revista Época afaste qualquer desconfiança de cumplicidade com a conduta repugnante do autor e de haver-se transformado em mero panfleto tendencioso e inconsequente”, concluiu.

Obviamente, o exército esqueceu de citar a ditadura militar, ao qual matou a liberdade de imprensa, que disse na nota ter tanto lutado, inclusive, na II Guerra Mundial.

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