A paciência dos que derrubaram Dilma com os crimes de Bolsonaro é coerente, ou não seriam golpistas.

A paciência dos que derrubaram Dilma com os crimes de Bolsonaro é coerente, ou não seriam golpistas.

Compartilhe

Duas coisas estão claras, assim como os golpistas combinaram derrubar Dilma sem qualquer crime, determinaram também que, mesmo diante de todos os crimes da família Bolsonaro, ninguém seria penalizado.

Assim, a ópera bufa chamada Brasil vai se transformando numa anedota mundial.

Bolsonaro não é o último negacionista da Covid-19, existem muitos outros imbecis como ele, alguns arrependidos, outros, como Trump, não. Mas ser contra vacina é exclusividade de Bolsonaro.

Comemorar a morte de alguém para azedar os estudos da vacina chinesa CoronaVac também é exclusividade do maníaco do Planalto.

Até aí, nada demais. Todas as declarações que Bolsonaro deu durante a sua vida pública, numa democracia de verdade, ele já estaria preso, sem falar de todos os crimes que envolvem sua família e que se transformaram num escândalo mundial.

Mas no Brasil, Moro, um herói de “combate à corrupção” forjado pelas redações da Globo, aceitou barganhar a cabeça de Lula por um cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública para fazer degrau rumo à cadeira presidencial.

Rodrigo Maia é o frasista do vazio, ora solta palavrórios com juras de amor a Paulo Guedes, por ordem dos banqueiros, ora faz sonetos sobre as falas criminosas de Bolsonaro sem qualquer eficácia para o que de fato interessa, a cassação do seu mandato.

Na verdade, Maia e Bolsonaro, assim como todos os políticos que o seguram no cargo, que estavam no Congresso no período em que Dilma foi golpeada, votaram por sua cassação, sem apresentar de fato qualquer crime.

O que se tem de concreto no Brasil hoje é a continuidade de um processo que culminou num golpe contra Dilma e que segue com a impunidade absoluta de um bandoleiro como Bolsonaro.

Tudo isso somado ao esteio dado pelos meritíssimos do STF e os militaríssimos das patentes mais altas das Forças Armadas que seguiram a rota do golpista general Villas Bôas.

Isso significa que o Brasil vive um golpe sobre o outro, melhor dizendo, a terceira geração de golpes que iniciou em 2016 contra Dilma, seguiu contra Lula e, agora, mantém Bolsonaro no poder, mesmo diante de uma interminável lista de escândalos e crimes que envolvem diretamente o presidente da República.

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: