Sem ajuda do governo e fim do teto de gastos, Brasil poderá entrar em convulsão social e Bolsonaro sabe disso.

Sem ajuda do governo e fim do teto de gastos, Brasil poderá entrar em convulsão social e Bolsonaro sabe disso.

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Assim que o mercado financeiro reagiu muito mal ao anúncio do Renda Brasil, Bolsonaro teve uma reação surpreendentemente correta, disse que o mercado financeiro não compreende que se o governo não fizer nada, haverá problemas sociais, em 2021. O presidente ainda disse que não ficaria somente no crescimento da pobreza, haveria uma convulsão social. Ainda pediu que o mercado sugerisse alguma solução alternativa ao Renda Brasil, hoje chamado de Renda Cidadã.

Bolsonaro tem em suas mãos um grande aparato de governo, com um sistema de inteligência minimamente funcional e as análises militares dão conta de que o Brasil realmente caminha para uma situação grave, no médio prazo.

O que o governo decidiu fazer não foi solucionar o problema, mas, dar o mínimo para reduzir a pressão da panela social. O Renda Cidadã seria apenas um “cala a boca” no povo.

O cenário que se encaminha, caso se opte pela saída ultra-liberal, seria a arrecadação em forte queda, por redução dramática do consumo interno e o forte crescimento do desemprego. O ciclo estaria formado para um longo período de depressão econômica. Menos emprego, menos consumo, menos arrecadação, menos gasto do governo, menos crescimento econômico, menos consumo, menos emprego e o assim por diante.

O resultado disso seria um nível absurdo de miséria e fome. Com isso, as pessoas seriam levadas à convulsão social, como saques, roubos de alimentos e outras maneiras marginais ao sistema, para conseguir a sobrevida.

Porém, o Renda Cidadã cometerá o pior dos erros, será centralizado no governo federal e haverá a mesma desordem por incompetência que ocorreu no auxílio emergencial. Outro problema será o excesso de regras, que reduzirá o número de pessoas atendidas, inclusive em relação ao Bolsa Família, ao longo do tempo.

O pior de tudo é o teto de gastos, que impossibilita que o governo possa ampliar gastos da inflação do ano anterior. Sem a ampliação do gasto, não haverá a quebra do círculo vicioso em torno da morte da economia brasileira, como dito acima. Ou seja, é trágico o destino do país.

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