Bombeiros, os protagonistas da humanidade em uma tragédia provocada por desumanos
Vidas humanas importam? Muito, são inestimáveis. Uma vida salva justifica todo o esforço, que é imensurável numa tragédia como a de Brumadinho, de homens que dedicam as suas vidas a salvamento de outras, não importando se humanas ou animais.
Numa tragédia absurda como esta a que assistimos, e pela segunda vez em pouco mais de três anos, pela ganância desmedida de empresas mineradoras, muitas vezes não nos damos conta do protagonismo e da importância do trabalho de um bombeiro.
Hora a hora, surgem imagens que impressionam, que nos alegram ou nos entristecem. Porém, as imagens de homens carregando em seus braços animais enlameados, mas com vida, são emocionantes e impagáveis. Humanidade, é esta a palavra que contrasta com a ganância de empresas privadas ou privatizadas como a Vale e as que a ela se unem na busca desabalada por lucro.
Quantas vidas humanas e de animais foram ou serão perdidas? Não se sabe, pois a cada hora números diferentes vão surgindo. Que dinheiro pagará por essas vidas? Não há dinheiro que pague as vidas ceifadas ou mesmo que amenize o sofrimento dos que ficaram, dos familiares e amigos.
Em meio a tanto sofrimento, quantas vidas foram ou serão salvas? Também não se sabe, mas as imagens estão aí, eles, os bombeiros, salvando vidas, humanas ou animais. Os números exatos ou quase exatos chegarão e, com eles, o tamanho da tragédia anunciada.
O que será feito pra que tragédias como essa e a de Mariana não se repitam? Nada. A ganância e o capital que comandam o mundo não permitirão e, sob o comando deles, não há justiça ou governo que dê solução.
A nós, não resta outra alternativa que não a de esperar por uma nova tragédia, pois do governo que aí está só se pode esperar o pior.
Luiz Paulo de Siqueira, biólogo e dirigente estadual do MAM (Movimento da Soberania Popular na Mineração), Luiz Paulo de Siqueira, em entrevista nesta sexta (25), em entrevista ao GGN, diz:
“Esses acidentes da mineração são criminosos e evidenciam a negligência das empresas, que deveriam adotar medidas de prevenção de acidentes, mas preferem seguir com as atividades das minas, visando manter e ampliar os lucros”.
Segundo o especialista, na ânsia de “aumentar o lucro” aproveitando o “surto econômico da mineração”, várias empresas do ramo – entre elas, a Vale – passaram a pressionar o governo estadual, no apagar das luzes da gestão Pimentel, para obter rapidamente as autorizações necessárias para crescer as operações.
“Em um mês de ampliação do projeto da Vale, houve esse acidente com a barragem”, pontuou.
Ainda sem estimativa do número de vítimas fatais, o desastre em Brumadinho reflete, na opinião de Siqueira, como as licenças são concedidas em processos que tramitam “sem critérios” e à revelia da opinião de moradores das comunidades afetadas e de movimentos que lutam pela preservação do meio ambiente.
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